História
Conheça a história da Loja
História da Loja
A História da Loja Colunas Diamantinenses não pode ser contada apenas a partir da expedição de sua Carta Constitutiva em 18.12.1976, mas é de vital importância o conhecimento das motivações dos seus fundadores e das dificuldades por estes enfrentadas no início para erguer as Colunas desta tradicional e histórica Loja da Maçonaria Mato-grossense. As dificuldades e sacrifícios enfrentados por nossos fundadores devem servir de estímulo e prova de persistência ante as dificuldades pelos atuais obreiros desta nobre oficina, que acima de tudo devem reconhecer que sua história é rica e repleta de sacrifícios de irmãos que já não trabalham em Loja e outros ainda, já no Oriente Eterno, de onde sem dúvida fortalecem em espiritualmente as Colunas deste Templo. De início deve-se registrar, em analogia ao Livro dos Reis, Capítulo 7, versículos de 15 à 22, que descreve as colunas Jaquin e Booz, a origem desta Loja está alicerçada sobre na vontade de dois irmãos que em sua perseverança, dedicação e exemplo de vida maçônica foram os dois grandes pilares desta história. Tratam-se dos irmãos Norberto Ribeiro da Rocha e Braz Maimoni, que já passaram ao Oriente Eterno, e que iniciados em outros orientes, chegaram a Diamantino, e sentindo em seus corações a falta dos trabalhos maçônicos, juntamente com os Ir.’. Eumar Prottis e Milton de Brito, já iniciados na Loja Estrela da Amazônia de Nortelândia, arregimentaram amigos profanos e tendo-lhes falado sobre a beleza da Maçonaria, os convidaram a serem iniciados para assim criar uma Loja em nosso Oriente. Estes primeiros quatro profanos convidados por estes dois irmãos foram: Armando Baptista Paese, Sadi Paese, José Batista Rodrigues e José de Arimatéia Silva. Reunidos na residência de Armando Paese, decidiram marcar uma reunião para o dia 18 de julho de 1976 para tratar da criação da Loja na Fazenda Ribanceira, de propriedade do Ir.’. Norberto Ribeiro da Rocha. Lá, após acomodados os familiares num rancho rústico e servido um churrasco, todos os oito, longe dos ouvidos profanos e à sombra de um “Capotão” e deliberaram sobre a criação da Loja, e acordando todos pela sua criação logo elegeram uma diretoria, composta pelo Ir.’. Braz Maimoni como presidente. Ir.’. Norberto como Secretário e José de Arimatéia como Tesoureiro. Decidiram ainda que as reuniões aconteceriam no mesmo local aos sábados às 15:00 horas e ainda formaram uma comissão para buscar a filiação da futura Loja junto à Sereníssima Grande Loja do Estado de Mato Grosso. Na 3ª reunião compareceu pela 1ª vez o Ir.’.José Maria, iniciado no Oriente de Cáceres, pai do Ir.’. Stephan Pereira e Silva, que juntamente com o Ir.’. Norberto sugeriu alguns nomes para a futura Loja, que na reunião seguinte, da junção das propostas de ambos, foi aprovada por unanimidade o atual nome desta Loja: Colunas da Amazônia, proposta por Norberto e Diamantinenses, proposta por José Maria. Na 5ª Reunião compareceram os Ir.’. Edson e seu filho Roosevelt Ferreira de Toledo, iniciados no Oriente de Mandaguari-PR., nessa reunião, formou-se uma comissão para após proposta de Sadi Paese, para que se plantasse em sua propriedade, fazenda Cabeceira do Macuco, uma lavoura de arroz afim de custear a construção do templo da Loja. Houveram no total dez reuniões realizadas nas Fazenda Ribanceira e residências dos Ir.’. Armando e Norberto, até a fundação da Loja e neste ínterim, providenciou-se a iniciação dos profanos na Loja Filhos de Salomão em Cuiabá, afim de que se fizesse completo o número mínimo de irmãos para a criação de uma Loja. Iniciados estes Irmãos, passaram os mesmos a freqüentar a Loja Cavaleiros da Luz no Oriente de Rosário Oeste, onde foram Elevados e Exaltados, com alguma rapidez, afim de também completar o número mínimo de Mestre Maçons necessário. Registre-se que o Ir.’.Renao Nasser, daquele Oriente, foi defensor da causa da fundação desta Loja, junto à sede da Grande Loja que à época situava-se em Campo Grande, hoje Mato Groso do Sul. Logo após a exaltados, já era possível a criação da Loja com o número regular de irmãos, o que efetivamente aconteceu em 18 de dezembro de 1976, no Templo da Loja Cavaleiros da Luz, no Oriente de Rosário Oeste, sob os auspícios da Sereníssima Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso, através de seu Grão Mestre, Ir.’. Edroin Reverdito, declarou fundada a Loja Colunas Diamantinenses da Amazônia N.º 36 e empossou sua diretoria. Na mesma sessão solene de fundação foram iniciados os Ir.’. Antônio Mattar e Ademar Capistrano, que se tornaram os primeiros AP.’. desta Loja. Compuseram a primeira diretoria desta Loja: Braz Maimoni, V.’.M.’. José Batista Rodrigues, 1º Vig.’. Sadi Paese, 2º Vig.’. Norberto Ribeiro da Rocha, Sec.’. José Arimetéia Silva, Orad.’. Milton de Brito, Tes.’. Ademar Capistrano, Chanc.’. Eumar Prottis, 1º Exp.’. Armando Baptista Paese, 1º Diac.’. Antônio Mattar, 2º Diac.’. José Maria, MCer.’. Roosevelt de Toledo, G. do Templ.’. Domingos Terêncio, Port. Band.’. Até a construção do 1º templo, as reuniões continuaram a ser relizadas ora na Fazenda Ribanceira, ora nas residências dos Ir.’. Armando ou Norberto. Após trabalharem com sucesso para angariar fundos para a construção do templo próprio, com esforços de todos os Ir.’., no sentido de escolher, medir, documentar e construir, finalmente em 21 de novembro de 1977, deu-se a primeira sessão em um templo construído em madeira no mesmo local do templo atual, em um terreno doado pela Prefeitura Municipal de Diamantino. Registre-se a contribuição do Professor Rui, Pai do Ir.’. José Henrique para a regularização da situação do terreno. Nos anos seguintes, esta loja chegou a contar com cerca de trinta obreiros ativos, e demandou esforços no sentido de cumprir com suas obrigações sociais, trabalhando para prestar auxílio àqueles que necessitavam de exames e traslados à outras cidades em busca de tratamento, dadas as extremas dificuldades envolvendo distâncias, péssimas estradas, e falta de condições de atendimento médico em nossa cidade. É relevante lembrar ainda que durante a Venerança do Ir.’. João Zanata, no início da década de oitenta, esta Loja contribuiu para a educação em Diamantino, em uma época de grandes dificuldades, através da Fundação Júlio Muller, tomou para si a condução da Escola João Batista de Almeida no bairro Pé Branco, novo Diamantino. Esta escola, a única pública de Novo Diamantino, não funcionava devido à falta de professores e dificuldades enfrentadas pela Prefeitura que cedeu a tutela do prédio para a Maçonaria, sendo que várias cunhadas tomaram para si a tarefa de professoras e desempenharam um trabalho repleto de louvores e abnegação pessoal, que deve ser sempre relembrado pelos obreiros atuais desta Loja. É de extrema importância relembrar que esta Loja atuou incisivamente no campo político, suprindo a ineficiência do poder público municipal em alguns assuntos, tais como a busca por comunicação telefônica e energia elétrica que beneficiaram a toda a sociedade diamantinense. Este tipo de trabalho se desenvolvia através de comissões de irmãos que se deslocavam até a capital para reuniões com o Governador e na Assembléia Legislativa. Não fosse a firme atuação dos irmãos Norberto e José Maria, quando da emancipação do município de São José do Rio Claro, o município de Diamantino poderia ter sido seriamente prejudicado, perdendo grande parte do seu território atual. Após a divisão do Estado de Mato Grosso, houve a necessidade da criação da Grande Loja do Estado de Mato Grosso, que herdou somente o nome da Potência Original vez que a toda a estrutura anterior permaneceu em Campo Grande-MS. Assim, em 07 de outubro de 1977, a Loja Colunas Diamantinenses da Amazônia N.º 36, foi uma das 11 Lojas fundadores da nova Grande Loja Maçônica de Mato Grosso, cabendo a ela por ordem de antiguidade uma nova numeração que passou a ser sete. Entrevistados os irmãos mais antigos e fundadores, por estes AP.’., solicitamos que relembrassem os nomes de alguns Ir.’. que os mesmos considerassem exemplos de atuação maçônica afim de registrar neste trabalho a lembrança de alguns nomes dentre os muitos que já trabalharam nesta oficina, merecedores do olhar dos atuais obreiros como exemplo de vida maçônica. São eles: Braz Maimoni, Norberto da Rocha, João Zanata, Justino Pizato, Domingos Alves Capucho, Severino Eufrasino de Lima dentre tantos outros. Por fim, estes AP.’. reconhecem que a história da Loja Colunas Diamantinenses da Amazônia é rica em sacrifícios pessoais, trabalhos em prol do município nas áreas social e política, passado este que não pode ser relegado à sombra da história em livros de atas e na memória dos mais antigos.. Há que se beber do exemplo e da determinação dos obreiros que já se foram e que fizeram parte desta Oficina, e com fé, tolerância, solidamente alicerçados nos princípios maçônicos, buscar além da elevação espiritual, o retorno ao papel sólido que esta Loja representou na construção da sociedade Diamantinense. Meus Irmãos, a palavra Maçom vem do francês antigo e significa literalmente Pedreiro, somos pedreiros livres, livres construtores da sociedade, passemos a retomar a construção de nosso lugar na história de Diamantino.